30 de jan. de 2016

[Falando em]: A Crônica de Sangue e Fé — de Jefferson Nóbrega

Eis a resenha de mais um sensacional enredo nacional. Desta vez estou falando de "A Crônica de Sangue e Fé", obra do autor Jefferson Nóbrega. Aliás, este foi mais um dos que recebi como parceria e presente de aniversário pela TDL  e, por sinal, foi mega indicado como uma excelente leitura pela minha editora e também por outro autor desta mesma casa editorial a qual pertenço. P.S: Agradeço pelo maravilhoso presente, Nanda Gomes! S2 Agora confiram a sinopse e resenha desta magnífica leitura, uma publicação da editora Tribo das Letras.


Sinopse: Quando a honra é o bem mais valioso de um homem, a fé mantém a sociedade unida e a força familiar sustenta o poder, nasce a Ordem dos Pobres Homens, um grupo disposto a destruir tudo isso.
Felipe Geerrare, o herdeiro desaparecido de Villanueva, ressurge agora como um cavaleiro Templário tendo como foco reconquistar o amor de seus entes. No entanto, uma revolta que acontece no condado leva os Geerrare à guerra e Felipe acaba preso entres seus votos de cavaleiro que, o obrigam a lutar somente pela igreja, e a lealdade ao seu sangue.
Em meio ao caos que se apodera da região, seu destino se cruza com o de Aisha Merhash, uma muçulmana que em seus beijos esconde um veneno. O amor pode nascer na guerra, entretanto, terá que lutar para sobreviver a ela.
Mergulhe nesse mundo e descubra que por trás de um desembainhar de espada há muitas histórias.

  "Porque até mesmo a terra não pode conter o sol"


Intenso!
Contagiante!
Sensacional!

Trata-se de um enredo onde a fé, interesses religiosos, traição e vingança são pano de fundo. Onde dois irmãos, Luís e Felipe Geerrare, o pai, conde Marcos IV e sua esposa, a condessa Marie Montenuir, junto a tantos outros personagens, enveredam uma história contagiante.

Tudo se inicia quando Felipe, o filho mais velho, retorna para casa. Ele sumira aos 15 anos, renegando o que até então estava predisposto pelo pai, ou seja, um novo casamento. Aliás, ele já havia se casado aos 14 anos por interesses políticos e religiosos. No entanto, o seu primeiro matrimonio durou pouco, pois sua esposa falecera tempos depois de uma doença. Agora ele teria de se casar novamente, também por interesses políticos e religiosos, fazendo dele (no futuro) até mesmo o conde de Villanueva, a cidade que residia, vizinha de Sexânia, Lecênia, Sertan e tantas outras cidades e condados. Porém, Felipe desaparecera por anos, abstendo-se dos anseios do pai. Ele retorna anos depois, quando todos pensam que ele está morto.
Conde Marcos Geerrare finalmente virou-se, lágrimas desciam de seus olhos. Olhou o filho da cabeça aos pés e apesar da raiva exalou certa admiração. De fato, Felipe mudara. Quando sumiu era um jovem de 15 anos, magro e com o olhar assustado. Mas tornara-se um homem: uma fina barba estava em seu rosto, vestia um gibão branco com a cruz vermelha da Ordem. Uma espada pendia em sua cintura, as manchas na bainha indicavam que aquela lâmina já tinha conhecido o sangue. Porém, foi uma cicatriz no lado esquerdo do rosto de Felipe que roubou por completo a atenção. (Livro: A Crônica de Sangue e Fé, Pág.15)
É quando Felipe retorna que tudo começa acontecer... Um novo grupo chamado "Os Perfeitos" é criado. Eles são os cátaros (ou albigenses), homens hereges que rejeitam o sacramento católico e que cometem atrocidades com os cristãos... Uma seita que atraiu muitos adeptos, a qual sua fé e atos eram questionados, tornando-se uma ameça para a unidade cristã. Seu propósito maior é tomar posse de tudo, ou seja, cidades/condados e principalmente fazendo uma justiça maquiavélica, aniquilando com desumanidade e requinte de crueldade todos os cristãos. E assim inicia-se uma guerra...
Caro mestre,
Tudo corre conforme planejado. No momento em que este recado chegar em suas mãos, os dois herdeiros estarão mortos. Nossos inimigos se digladiarão e nós triunfaremos. Pode ser que eu não sobreviva à missão, entretanto, será glorioso ter a alma liberta dessa prisão ao serviço de nossa fé. O Deus Mau criou esse terrível cárcere chamado matéria. Mas a guerra que inciamos levará liberdade para milhares. (Livro: A Crônica de Sangue e Fé, Pág.89)

A guerra iniciou-se, trazendo muitas perdas, inclusive na família Geerrare, colocando à frente das tropas do bem, Felipe. E dentre toda essa carnificina há descobertas em meio à traições, fazendo desta guerra ainda mais cruel e com um propósito maior, tirando o poder de uns, dando poder à outros. Contudo, a honra e fé bradam alto, levando aqueles providos de boas intenções defronte ao perigo e podendo assim ter mais uma chance de comandar e falar em nome do Bom Deus.
 Hoje enterramos quinze de nossos companheiros. Ninguém deveria morrer por vingança, ódio e outros sentimentos sem nobreza. Somos cavaleiros! O inimigo tenta roubar nossa terra! O inimigo tenta destruir nossa fé! Eis o verdadeiro motivo de nossa luta, homens. Lutemos por amor a nossa terra, lutemos por nossa fé, por nossas famílias. Somos vassalos de Deus, e se ele morreu por nós, estamos prontos para morrer por ele, pois aqueles que marcham contra nós não ferem apenas a nossa honra, mas tentam destruir tudo o que o próprio Cristo construiu. (Livro: A Crônica de Sangue e Fé, Pág.125)
Agora cesso os meus comentários para não quero soltar spoilers.

Eu me surpreendi com todo o conteúdo. O autor conduziu todo o contexto de forma magistral, entorpecendo-me do início ao fim, com uma narrativa e diálogos estupendos. Tal que por vezes questionei-me o quão ele compreendia sobre o assunto, o que me fez ter a certeza do seu entendimento ao final do livro, onde há notas, especialmente de estudos em cima do tema abordado, misturando-se o real à ficção. De fato, este é um dos melhores livros que eu li publicado pela editora TDL. Por vezes senti-me como se estivesse assistindo um filme épico, com cenas dignas de lutas medievais, onde a trama é bem amarada, sem deixar pontas soltas, com muitas revelações e reviravoltas  e no final, tudo se encaixa perfeitamente e deixa um gostinho de 'quero mais'. Aliás, preciso saber se o autor dará continuidade com o enredo, pois realmente deixou um gostinho de 'quero mais'.

O livro é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos um pouco mais rebuscados devido ao conteúdo de época; sua diagramação é simples e de muito bom gosto, com espaçamentos e fontes na medida certa; a capa foi uma das coisas que mais me chamou atenção, pois é divina e condiz com à trama, estampando uma armadura, transportando o leitor para dentro do enredo. Por fim, para você que curte um enredo mais que sensacional, com um conteúdo histórico em meio à realidade/ficção,  eis uma maravilhosa pedida... Eu tornei-me fã do Jefferson e leria até mesmo a sua lista de compras. \o De 1 a 10 dou nota 1.000! \o/ \o/ \o/


Livro: A Crônica de Sangue e Fé
Autor: Jefferson Nóbrega
Gênero: Literatura brasileira
Editora: Tribo das Letras (Selo Métrica)
Ano: 2015
Páginas: 196

29 de jan. de 2016

[Texto]: ÀS VEZES É PRECISO MANDAR IR À MERDA MESMO

Como defendi em muitos artigos e defendo vigorosamente em minha vida cotidiana e banal, a generosidade e a gentileza devem ser palavras de ordem. Dizer bom dia, boa tarde, boa noite, sorrir, acenar, falar obrigado e por favor, pronunciar um elogio sincero fazem bem para os outros e para nós mesmos.

Por outro lado, paciência tem limites e bondade não é sinônimo de burrice. Ás vezes é preciso mandar ir à merda mesmo, alto e em bom som caso a pessoa em questão não escute direito ou tenha problemas para abstrair.

Ninguém é obrigado a pensar como ninguém, mas ninguém precisa destilar suas verdades como o mais vil veneno. Ninguém é obrigado a simpatizar com ninguém, mas ninguém tem o direito de jogar tal antipatia na cara dos outros. Mas se por acaso alguém desrespeita a opinião alheia, dá um show de antipatia ou esculhamba por falta de coisa melhor para fazer ou simplesmente para se sentir menos péssimo consigo mesmo, deve preparar-se para ir à merda.

Muita gente acha que é falta de educação dar respostas malcriadas para gente sem noção, que se sente dona da verdade, que quer convencer os outros com argumentos baixos, que finge não entender para criar polêmica. Acho que a pessoa perde o direito de ser tratada com educação quando ela é propositadamente idiota.

Infelizmente, algumas pessoas param de encher o saco apenas quando são tratadas com firmeza e um pouco de ironia. Caso contrário continuam se achando as maravilhosas do pedaço. Acham-se poderosas e assertivas por dizerem palavras ofensivas. Para mim estas pessoas inconvenientes, pretensiosas, que vomitam suas lindas verdades sem filtros têm preguiça mental porque discordar com classe e educação exige um trabalho intelectual muito mais elaborado e cuidadoso do que simplesmente exibir o seu acervo de grosserias.

Mandar ir à merda não significa necessariamente usar estas palavras. Ás vezes mandamos à merda com um olhar de desprezo, com uma resposta irônica ou apenas com um constrangedor silêncio. Um e-mail não respondido, um convite não aceito podem ser formas bem eloquentes de mandar ir à merda. Não quero dizer que toda vez que não respondem a um e-mail nosso, estão nos mandando ir à merda. Às vezes a pessoa em questão não respondeu porque está num mau momento. O mesmo se refere a convites. Mas quando alguém começa a nos evitar de forma sistemática, ela provavelmente está nos mandando ir à merda. Às vezes com motivo, às vezes sem motivo. Não entrarei nesta questão.

O que desejo ressaltar é que não precisamos engolir tudo. Não precisamos levar na cara e achar normal. Ninguém é saco de pancada de ninguém. E se alguém se sente no direito de transformar os outros em sua válvula de escape para o estresse do dia a dia , mande à merda sem a menor cerimônia.

Digo mais: quando o idiota em questão for você mesmo, mande a sua insegurança e os seus traumas e manias irem à merda também. Seu lado medroso está te privando de um prazer delicioso? Mande-se à merda! As suas manias estão roubando o seu tempo livre e o seu bom humor? Mande-se à merda! O seu passado triste está atrapalhando o seu presente? Mande-se à merda juntamente com quem te ajudou a ferrar o seu passado! Pode ser bem divertido!

Artigo via: Obvious

26 de jan. de 2016

[Falando em]: Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus — de J.A. Marcos

Colocar sentimentos em palavras é algo que muito aprecio, e este livro era um dos que eu tanto queria ler, pois desde que dei de cara com o título e sinopse, me apaixonei. S2 Eis que a minha editora presenteou-me com este título. P.S: Obrigada, Nan! S2 Aliás, J.A Marcos é pseudônimo de Marcos Ferreira  e, por sinal, ele é um amigo de editora. Portanto, confiram a sinopse, book trailer e resenha deste entorpecente e lindo enredo chamado "Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus".


Sinopse: Emily é uma jovem de 23 anos, professora de história, que mora com seus pais e seu irmão caçula. Tudo seria perfeito em sua vida se não houvesse um pequeno detalhe: ela é cega. Mesmo assim, se tornou uma garota independente, que em meio as dificuldades conseguiu superar o fato de não enxergar e leva uma vida normal. Porém, Emily ainda possui dificuldade em conseguir manter seus relacionamentos amorosos, devido aos preconceitos em relação a se envolver com homens que se diferenciem de seu estilo de vida. Mas o destino colocará Mathew em seu caminho, seu mais novo vizinho. Jovem, bonito, com sede de viver. Com 21 anos, Mat adora andar em sua moto, tem uma tatuagem que toma todo o seu braço e acaba de se encantar pela beleza rara de Ems.
Ela é tudo que ele sempre quis, ele é o oposto de tudo que ela sempre imaginou querer.
Um romance divertido, com pitadas de humor e um pouco de drama. Uma grande lição de vida, mostrando em seu contexto as dificuldades de se viver em uma sociedade que não está preparada para abraçar as pessoas com deficiência. “Estrelas cadentes não dizem adeus" traz uma história envolvente, narrada sobre o ponto de vista da própria protagonista, com um final surpreendente, capaz de fazer você se emocionar, torcer e chorar.




"Porque até mesmo uma estrela cadente não pode dizer adeus..."




Apaixonante!
Verossímil!
 Uma lição de vida!

Eu poderia adjetivá-lo de tantas outras formas, mas deixo apenas esses três itens.
Essa é uma história de superação e amor, desenvolvida para aqueles providos de coração e que curtem um enredo narrado de forma simples e rico em sentimentos.

Emily Mondini   ou Ems   tem 23 anos. Ela nasceu com deficiência visual. Porém, por um curto período de meses, quando fez uma cirurgia ainda criança, pôde enxergar. Criada para ser independente, segue sua vida como qualquer garota da sua idade, é claro que com algumas restrições devido à sua condição, e tem como companhia constante Adolfo, seu cão-guia, e também sua unida e amável família. No entanto, vez ou outra, ela se depara com situações constrangedoras e preconceituosas por parte de outras pessoas.
Alguns pais não acreditam que uma deficiente visual tenha capacidade de dar aulas. Eles não entendem que a verdadeira sabedoria é muito maior do que os olhos podem ver, ela vem de dentro. (Livro: Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus, Pág.13)
Apesar da sua deficiência, ela encara a vida de forma positiva, fazendo muitas vezes de sua condição uma piada. E mesmo mostrando-se forte e transparecendo uma pessoa sem tabus e prejulgamentos, ela é uma garota cheia de preconceitos com si própria e também com os outros. Eis que ela se depara com Mathew  ou Mat  como é conhecido, que na verdade é o seu mais novo vizinho. Ele é um rapaz dois anos mais novo que ela, além de lindo, sedutor, divertido, cheio de vida, com tatuagem e que tem uma moto da qual não desgruda, algo que ela encara com hostilidade e prenoção, especialmente pela diferença de idade, que apesar de pouca, para ela é grandiosa.

Contudo, como a afirmativa que 'os opostos se atraem e os dispostos se distraem', surge um avassalador interesse... Mat apresenta a Ems uma vida sem limitações, fazendo com que ela se sinta mais viva, deixando-a apaixonada por ele, algo que é mútuo, pois ele também se apaixona logo de cara por ela, quando se esbarraram pela primeira vez em um parque, onde ele sequer desconfia que ela é uma deficiente visual.
Primeiro foram as flores, aguçando meu olfato e me fazendo ficar com o cheiro dele impregnado na minha memória. Em seguida me mostrou como é bom ter o sangue correndo nas veias, me aventurando naquela moto, minha pele sentiu aquelas  sensações de arrepio, emoção, sensações diversificadas. Agora ele apurou minha audição, colocando uma música legal e me fazendo escutar ela calmamente, enquanto ele colava o corpo dele junto ao meu e me fazia querer ficar agarrada a ele durante todo o tempo. (Livro: Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus, Pág.51)
A partir daí Ems e Mat começam a se envolver... E ambos apresentam uma nova perspectiva de vida... Ela quebrando os seus paradigmas devido a sua deficiência, e ele entrando de cabeça nesse novo mundo, tentando sentir as coisas como Emily sente, ou seja, enxergando a vida com o tato, olfato, paladar, audição e coração. Desta forma, o envolvimento se torna sério, e em um jantar importante do qual Ems é convidada para conhecer a família de Mat, ela passa por uma situação constrangedora e humilhante, em que o pai dele é o protagonista, deixando-a a questionar-se sobre muitos pontos e afastando-os. No entanto, o amor verdadeiro fala mais alto, vencendo as dificuldades e dúvidas e unindo-os por mais uma vez.
  Eu já te disse que você é a minha estrela?   Perguntei, enquanto a minha cabeça estava em seu ombro e ele acariciava os meus cabelos.
  Já, sim   ele respondeu me beijando.   Sou a estrela cadente da sua vida, que caiu uma vez e causou o maior estrago.
  No início até que causou um estrago mesmo   eu respondi rindo.   Mas no final só trouxe luz para o meu caminho.
  Não é meio estranho você dizer que eu só trouxe luz quando você não enxerga?   Ele perguntou com voz de dúvida.
 Meu coração estava escuro, sem esperança de amar de novo. Você o iluminou, trouxe um novo sentido à minha vida. Meus olhos não enxergam, mas meu coração sim, e você trouxe a luz que eles tanto buscavam. (Livro: Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus, Pág.205)


Eles tomam uma nova e importante decisão, mas algo (que eu não vou contar aqui) terrível acontece, novamente separando-os. Agora cesso os meus comentários, pois não quero soltar spoilers (vocês precisam ler).


Essa é mais que uma história de amor... Trata-se de uma lição de vida, onde os protagonistas são dois jovens com sua dúvidas e certezas, amores e desamores. Adornado com uma narrativa entorpecente, onde destaco que achei 'no estilo John Green', o enredo carrega consigo um lindo conteúdo, onde o leitor vai dar de cara com muitas cenas românticas e divertidas, além de um bom drama. O Marcos criou protagonistas bem reais e encantadores, algo que admiro demais em um texto, deixando o enredo o mais verossímil possível  e até mesmo os antagonistas têm uma participação especial para/com a trama.

Eu me apaixonei perdidamente pelo Mat, pois além de lindo e encantador, ele é o tipo de personagem que impulsiona o leitor a querer tê-lo por perto, com seu otimismo e sua gana em fazer acontecer... Assim como a Ems, que apesar de me irritar com a diferença de idade que ela enxerga absurda e que eu sequer achei uma diferença de idade, é uma garota forte, com suas dúvidas devido à sua condição, mas que ao se deparar com o verdadeiro amor, luta com unhas e dentes por ele, até mesmo quando a esperança parece cessar. Aliás, tenho que dizer que amei a maneira como foi abordada à trama, dando ênfase para as dificuldades e medos que um deficiente visual têm  e, por isso, por tantas vezes me coloquei no lugar da Emily.

Este é um enredo narrado de forma simples e de muito bom gosto, com tiradas divertidas e um drama que tocou o meu âmago. Fiquei entorpecida por todo o seu conteúdo, pois o Marcos soube envolver o leitor como ninguém, apresentando um conteúdo com conteúdo. Nos capítulos finais quase morri, pois foi emocionante e surpreendente, levando consigo um belíssimo propósito (como eu amo autores que se preocupam em levar um propósito para/com os seus textos). Eu simplesmente AMEI! E de fato tornei-me a mais nova fã do Marcos... E digo mais: eu leria até mesmo a sua lista de compras. \o hehehe

O enredo é narrado em primeira pessoa, com diálogos e narrativa de fácil compreensão; sua diagramação é simples, com espaçamento e fontes na medida certa; a capa é bonita e condiz com o enredo, estampando o casal protagonista em um de seus momentos; Por fim, para você que é apreciador(a) de uma linda história de superação e amor, eis uma maravilhosa pedida.

P.S: Ainda no final do livro, o autor brinda o leitor com o primeiro capítulo do seu próximo enredo, que não tem nada a ver com este e terá como título: "Lagartas Não Sabem Voar". Eu mega amei! \o


Livro: Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus
Autor: J.A. Marcos
Gênero: Romance
Editora: Tribo das Letras (Selo Métrica)
Ano: 2015
Páginas: 278

25 de jan. de 2016

"A Lenda da Ponte do Arco Íris, por William N. Britton"

Foram 16 anos de muitas alegrias, e desde o segundo semestre de 2014 ele sofria com algumas complicações. Hoje, depois de vê-lo agonizando, com o coração fraco e quase parando, resolvemos (no desespero) levá-lo para tomar uma injeção e cessar a sua dor. Essa foi uma das decisões mais difícil que já tomamos. Há tempos pedia pra Deus não permitir que ele sofresse mais. Não queria ter que tomar essa decisão, o que acabou acontecendo. Porém, Deus é tão maravilhoso que à caminho do veterinário, dentro do carro (numa avenida próxima) ele se foi.
O meu coração está quebrado, mas estou imensamente grata por Deus (mais uma vez) ouvir o meu pedido. Afinal, o Bob partiu na hora que Ele permitiu.
Bob (meu grande amigo), você cuidou de mim anos atrás, quando eu voltava das sessões de quimio e radioterapia, e anos depois fui eu que me dediquei integralmente para/com você... E se eu tivesse que fazer isso tudo de novo, o faria.
MEU-DEUS, que falta você faz, está sendo duro até mesmo escutar o cachorro do vizinho latir, pois me lembro de você... E olhar pro seu canto aqui na sala, nem se fala. Meu amorzinho, obrigada por tudo! A mãe te ama muito e está muito feliz por você não estar mais sentido dor, mas sim correndo e latindo no paraíso dos animaizinhos. Obrigada Deus e perdoe-me pelo meu desespero e falta de fé.
Esse texto eu dedico para o meu grande e eterno amigo Bob. S2

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Neste lado do paraíso, existe um lugar chamado Ponte do Arco-Íris. Quando um animal morre, aqueles que foram especialmente queridos por alguém vão para a Ponte do Arco-Íris.

Lá existem campos e colinas para todos os nossos amigos especiais, pois assim eles podem correr e brincar juntos.

Lá eles sempre têm muito da sua comida preferida, muita água fresca e muitos dias ensolarados para deixar nossos amigos sempre aquecidos e confortáveis.

Todos os animais que já estavam doentes e velhinhos se vêem renovados, cheios de saúde e vigor.

Aqueles que foram machucados e mutilados estão perfeitos e fortes novamente, exatamente como nós nos lembramos deles em nossos sonhos sobre os dias que já se foram.

Os animais que amamos vivem felizes e alegres, exceto por uma coisinha: cada um deles sente saudades de alguém que foi deixado para trás.

Todos eles correm e brincam juntos, mas chega um dia em que um deles para de repente e olha fixo para as colinas ao longe. É como se ele tivesse ouvido um apito, ou algum tipo de sinal. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo começa a tremer levemente. De repente ele se separa do grupo, voando por sobre a grama verde, correndo o mais rápido que consegue.

Você foi avistado, e quando você e seu amigo especial finalmente se encontram, vocês ficam unidos na alegria do reencontro para nunca mais se separarem. Os beijos de felicidade vão chover na sua face; suas mãos vão novamente acariciar a tão amada cabecinha, e você vai olhar mais uma vez dentro daqueles olhos cheios de confiança que há muito tempo haviam partido da sua vida, mas que nunca haviam se ausentado do seu coração. E então vocês, juntos, cruzarão a Ponte do Arco Íris.

E seu Ciclo Sagrado estará completo mais uma vez,

PS: Texto extraído do livro "The Legend Of The Rainbow Bridge", de William N. Britton.

22 de jan. de 2016

Sobre Dezesseis e sua licença poética...

Olá, lovers!

(clique em cima da imagem para maior resolução)


O motivo deste post é único e exclusivo, eu me deparei com um comentário no Wattpad, em que um leitor ressalta o quão fui mal informada na construção do enredo de "Dezesseis", pois ele se passa em Brasília, e segundo a constituição, nenhuma cidade do DF tem um "prefeito". SIM, a informação dele é correta. No entanto, tenho que dizer que isso valeria se a história escrita por mim fosse baseada em fatos verídicos/reais, o que não é o caso. Sendo assim, estamos falando de licença poética, cabendo ao escritor escrevê-la da forma que deseja, sem basear-se em leis ou qualquer outro item obrigatoriamente. SIM, no livro, onde Brasília é o pano de fundo, temos um prefeito. Da mesma forma em que o personagem protagonista, ou seja, o Johnny, dirige o seu Opala desde os 15/16 anos, pois ele tem uma licença para isso... E isso também é uma licença poética, que por sinal, tem uma explicação a qual me atentei em criar, para que dessa forma o contexto ficasse mais verossímil.

A questão é:

Julguem menos!

Procurem enxergar as coisas com um olhar 'menos crítico'. Leiam com o coração. É triste demais para o escritor se deparar com esse tipo de comentário (ou até mesmo um parecer maldoso), sendo que ele se dedicou com carinho para/com o seu texto por dias, meses ou anos.

Aproveito para avisar que exclui minha conta no Wattpad, não por esse comentário, mas SIM porque era uma coisa que há tempos eu queria fazer. Afinal de contas, tenho um ponto de vista muito peculiar quanto a essa plataforma. Por isso agradeço de coração a todos que até então me seguiram e que acompanharam parte de minhas histórias por lá. Se alguém tiver interesse em conferir os capítulos iniciais dos meus dois livros: "Entre o Céu e o Inferno" e "Dezesseis - A Estrada da Morte", entre em contato aqui nos comentários (ou via inbox) que, na próxima semana, eu envio por email os primeiros capítulos lindamente diagramado, como está no arquivo final para impressão. No mais, é isso!

Abraços literários,

Simone Pesci

20 de jan. de 2016

[Falando em]: In Nomine Patris (Livro 1) — de Décio Gomes

Hoje apresento-lhes a resenha deste que há tempos eu queria ler. \o Uma obra contagiante, escrita por um companheiro de editora, o Décio Gomes. Aliás, este foi mais um dos livros que recebi como parceria e presente de aniversário da TDL. P.S: Obrigada, Nam! S2 Agora confiram a sinopse, book trailer e resenha de "In Nomine Patris", livro 1 de uma quadrilogia, uma publicação da editora Tribo das Letras


Sinopse: Jullian Bergamo é um padre missionário que realiza trabalhos para a igreja católica. Mas não um padre comum. Ele é um venator: um membro da igreja especialmente treinado para caçar e eliminar demônios. Após ser transferido de sua antiga comunidade para a cidadezinha de Willinghill, Jullian depara-se com um caso singular: pessoas mortas levantando-se de suas tumbas e vagando livres pela cidade. Logo ele conhece a origem do problema: o Mormo, um terrível demônio necromante que possui cadáveres e os transforma em violentos mortos-vivos. Munido com sua fé e coragem, o jovem padre enfrentará um dos casos mais marcantes de sua trajetória como venator: eliminar o Mormo, enquanto tenta sobreviver às hordas de mortos-vivos que farão de tudo para devorar cada pedaço de sua carne.



"Porque viver é remexer-se constantemente em um túmulo."



Entorpecente!
Eletrizante!
Assustador!

Nessa assustadora trama temos como protagonista o jovem padre Jullian Bergamo, que é nada mais que um venator, ou seja, um caçador de demônios (ou um caçador de Mormo), um terrível demônio necromante que tem como objetivo despertar os mortos de suas tumbas. 

Jullian foi enviado a um orfanato assim que nasceu, e antes mesmo de completar três meses, foi adotado por um rico casal de fazendeiros. Até os 8 anos teve uma vida normal e feliz. Porém, a fazenda de sua família adotiva foi saqueada e também queimada, ocasionando a morte de seus pais adotivos, deixando-o novamente órfão, perambulando pelas ruas. 

Depois de dias vagando perdido, ele é acolhido em um mosteiro. Desta forma, passa a ter grande conhecimentos religiosos, que faz com que ele anseie em tornar-se um membro da igreja. Seus dons especiais são notados ainda na adolescência, pois ele consegue enxergar coisas que ninguém mais consegue ver; aos dezesseis anos foi protagonista de um acontecimento que só agregou mais o seu dom, avistando ainda dentro do porão do mosteiro, um alado infernal. E antes de completar sua maioridade, realiza com êxito o seu primeiro exorcismo. 
Suas habilidades foram sendo amadurecidas no decorrer de seus poucos anos de vida, em duras sessões de treinamento proferidas por missionários experientes, e assim completou seus vinte e cinco anos de idade e finalmente convocado pela Ordem Mundial e nomeado como um venator: um servo da igreja católica responsável por livrar o mundo de toda e qualquer invasão vinda das profundezas dos infernos. (Livro: In Nomine Patris, Pág.17)
Um venator iniciante não pode permanecer mais que 665 dias no mesmo lugar. Depois deste período, ele se enfraquece, tornado-se uma presa fácil para qualquer demônio. Agora o jovem padre está seguindo para uma nova cidade, e assim que chega em seu novo lar, se depara com um caso à parte —  e a pedido de um morador, chamado George Mosley, ele se vê de frente com o seu primeiro caso, pois este morador pede para que ele vá até sua casa exorcizar algo maléfico que está em seu filho.
As gotas escorreram pelo rosto de Adrian, juntando-se ao fio de baba gosmenta que saía de sua boca, mas ainda assim ele não esboçava qualquer reação. Estava quase imóvel, num estado de calmaria que nenhum outro ser possuído por um demônio conseguiria estar ao receber respingos de água sagrada. (Livro: In Nomine Patris, Pág.34)
Adrian Mosley, que até então tinha 11 anos, acabara de falecer. Ele retornou para a sua casa como um 'morto-vivo' na madrugada do terceiro dia após a sua morte, algo que não foi revelado para o padre, deixando-o emputecido com tal conclusão, fazendo com que ele tenha a certeza de que o demônio necromante começara a agir na cidade. Eis que surge novos e assustadores acontecimentos, onde tantos outros 'mortos-vivos' aparecem em plena luz do dia, até mesmo na festa de aniversário da cidade... É quando Jullian e George, que devido a empatia que ambos sentem de imediato, tornam-se amigos, e assim resolvem seguir para os bairros vizinhos à caça do demônio necromante, na intenção de aniquilá-lo e ter novamente a cidade em paz.
Finalmente, no fundo do mausoléu, como se acordados direto do mais profundo inferno, dois grandes olhos amarelos abriram-se e iluminaram as paredes.
O Mormo acabara de despertar.
 MOSTRE-SE, AGORA! 
(Livro: In Nomine Patris, Pág.130)

Agora cesso os meus comentários quanto ao enredo para não soltar spoilers.

Uma coisa que me fascina numa leitura é quando ela consegue me prender logo de início. E, neste caso, eu fiquei presa desde a sua sensacional INTRODUÇÃO, onde é apresentado o bem e o mal em uma linha tênue e de eloquente endereço entre a Escuridão e a Luz. Tal qual minha surpresa quando me deparei com os primeiros capítulos que foram mais que instigantes, onde me vi lendo algo bem parecido com o que já assisti por diversas vezes nas telonas. Confesso!... Eu me borrei nos capítulos iniciais, porém, ansiando sempre por mais. E por diversas vezes senti medo do que estava lendo. Contudo, fui me envolvendo de tal forma que fiquei íntima do padre Jullian e do George, deixando até mesmo o medo de lado, envolvendo-me ainda mais nesta trama muito bem escrita e amarrada, com uma narrativa e acontecimentos na medida certa... Os capítulos finais são de perder o fôlego e deixou-me descompassada, ansiando ainda mais pelo livro 2. \o Se eu gostei? Não! Eu NÃO gostei... Eu AMEI!!! S2 E digo mais, eu leria até mesmo a lista de compras do Décio. \o hahaha 

O livro é narrado em terceira pessoa, sempre aos olhos do padre Jullian, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; sua diagramação é simples e bem bonita, com fontes e espaçamentos na medida certa, envolta em papel pólen (o amarelinho), levando consigo na parte debaixo de cada página um sombreamento com um cemitério; sua capa é sombria, estampando pare Jullian pronto para o ataque contra o mal, aliás, quem assina a capa é o próprio autor. Por fim, para você que aprecia um excelente enredo do gênero terror, eis uma magnífica pedida. P.S: Agora vou ficar aqui,, em frangalhos aguardando sua continuação. \o


Livro: In Nomine Patris, Livro 1
Autor: Décio Gomes
Gênero: Literatura brasileira - Terror
Editora: Tribo das Letras
Ano: 2015
Páginas: 160

18 de jan. de 2016

10 Coisas que você precisa saber sobre "Dezesseis — A Estrada da Morte"

Estive questionando-me sobre o meu primeiro e segundo livro... Eis que surgiu um tópico com 10 coisas que você precisa saber sobre as duas obras, pois a diferença entre ambas é gritante... Afinal de contas, são textos totalmente diferentes, sendo que o primeiro livro: "Entre o Céu e o Inferno" é um conteúdo mais adulto, envolto mais em narrativa... E o segundo livro: "Dezesseis A Estrada da Morte" é juvenil, adornado com mais diálogos. Por ora farei apenas esse tópico com 10 itens de Dezesseis, mas EM BREVE teremos um com #EOCEOI. Agora vem junto e conheça um pouquinho mais  sobre "Dezesseis - A Estrada da Morte". \o S2

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1) Assim como o meu primeiro livro, "Dezesseis - A Estrada da Morte" foi inspirado em uma canção. Portanto, antes mesmo de se arriscar com a leitura, escute a canção Dezesseis da banda Legião Urbana, pois até mesmo a sua letra foi inserida na narrativa e em diálogos, especialmente nos capítulos finais.

2) A ideia para a construção do enredo surgiu em uma tarde de terça-feira, assim que dei play em uma pasta de músicas que levava como título: "Rock Nacional". Ao ouvir a canção Dezesseis, veio a ideia de dar vida a João Roberto (o Johnny) e o seu Opala metálico azul.

3) Desde o início, tive como inspirações jovens atores brasileiros para os três personagens centrais, sendo estes:

 Guilherme Leicam (João Roberto/ Johnny)
 Isabelle Drummond (Ana Cláudia)
 Thiago Amaral (Samuel/Samy)

4) A ideia inicial do  título era "Dezesseis - A Curva do Diabo". Porém, depois de muito pensar, resolvi batizá-lo como "Dezesseis - A Estrada da Morte", pois o enredo vai muito mais além da letra da canção.

5) Todo início de capítulo há um trecho com uma das letras da Legião Urbana ou até mesmo uma frase do Renato Russo (fundador e líder da banda). Cada trecho citado, de alguma forma tem a ver com o capítulo narrado.

6) Todas as canções da playlist do livro foram inseridas na trama, seja brevemente citada com a letra da canção ou banda/cantor(a) ou até mesmo na narrativa ou em diálogos. Para conferir as canções que fazem parte da playlist, dê play no vídeo abaixo:


P.S: Vídeo editado por Simone Pesci


7) "Dezesseis - A Estrada da Morte" é narrado em primeira pessoa, aos olhos dos personagens centrais, ou seja, Johnny, Ana Cláudia e Samuel, adornado com mais diálogos do que narrativa, com acontecimentos em velocidade luz, pois é narrado por adolescentes que transbordam sentimentos. Por isso não espere uma narrativa "forte" ou "rebuscada", pois sairia do contexto, deixando de ser verossímil e não transparecendo ser apenas adolescentes a flor da pele narrando.

8) Até certo ponto a história é clichê, pois SIM, a canção de certa forma é clichê. Mas não se engane... Como eu já disse no item 4: o enredo vai muito mais além da letra da canção, com algumas descobertas e reviravoltas, e, por fim, uma lição sem igual para todo o leitor que se dedicar para/com a leitura.

9) O final de Dezesseis foi alterado de última hora, em cinco pequenas partes, pois constatei que se eu não alterasse de tal forma, decepcionaria a mim e a muitos leitores. O que está na letra da canção realmente acontece e SIM, é triste! Contudo, mesmo com alguns pedidos para um final alternativo, resolvi não fazê-lo, pois acredito que dando esse final alternativo, perderia a essência da letra da canção. Afinal de contas, foi tudo por causa de um coração partido. No entanto, apesar dos pesares, ainda no capítulo final e no epílogo, há uma luz no fim do túnel... S2

10) Último, porém não menos importante, para aqueles que já conhecem a letra da canção, sabem qual o final da história. Contudo, sempre me questionei o porquê de Johnny cometer tal ato...? Eis que o leitor vai se deparar com a minha versão, aquela que veio de dentro do meu coração. Uma versão cheia de alegrias e tristezas, onde fatos ocultos do passado se fazem presentes, tornando-se o ponto alto da trama, quebrando não só o coração do Johnny, mas sim de todos (até mesmo do leitor). O foco da obra não são os rachas, mas sim o motivo pelo qual o coração de Johnny se partiu... Deixando o clichê de lado e apresentando o que de  mais verossímil uma história pode apresentar. Dezesseis - A Estrada da Morte é dedicado a todos os fãs de Renato Russo, da Legião Urbana e também para todos os leitores providos de coração. Por fim: bem-vindos à estrada da morte! \o S2


**Para adquirir o livro físico, clique AQUI.

[Falando em]: Quando Amar Demais Enlouquece, Livro 1 — de Milla Cohen

Eu ganhei este livro de presente de aniversário e como parceria da minha editora. P.S: Obrigada, Nanda Gomes! S2 Aliás, essa é a primeira publicação da autora Milla Cohen. Trata-se de uma trilogia enveredada por um romance LGBT, este não é o primeiro livro do gênero que leio, e por isso, antes de iniciar a resenha, afirmo que foi uma leitura bem diferente do que eu imaginava, devido ao conteúdo que eu já havia lido anteriormente. Agora confiram a sinopse e a resenha de "Quando Amar Demais Enlouquece - Trilogia Passional (Livro 1)", uma publicação da editora Tribo das Letras - Selo Métrica.


Sinopse: Kailla e Laura se conhecem na universidade e uma estranha atração às aproxima, até que numa noite de tempestade, essa atração se transforma em uma grande paixão, iniciando um romance. Kailla é insegura e instável emocionalmente, levando-a a constantes crises de ciúmes. Numa dessas crises ela surta, sendo obrigada a ser internada e iniciar um tratamento psiquiátrico. Durante o tratamento, algumas verdades vêm à tona, fazendo Kailla encarar uma triste realidade. Por que  Laura não vem visitá-la? O que de fato aconteceu entre elas para que o afastamento fosse necessário? O amor pode ser assim tão enlouquecedor? Em meio a constantes conflitos interiores, Kailla acredita que esse amor poderá trazer Laura de volta, mas uma reviravolta em sua vida faz entender o que realmente aconteceu. Então, Kailla conhece Amanda, enfermeira da clínica. Será que essa relação emocional poderá fazer Kailla esquecer a paixão por Laura e ajudá-la a amadurecer?


"Porque nem tudo é o que parece ser..."






Kailla e Laura se conhecem na faculdade, porém cursam em horários diferentes. Contudo, de imediato, criam um verdadeiro vínculo, tornando-se mais que amigas. As duas têm personalidades diferentes: Kailla é mais extrovertida, bem diferente de Laura que leva consigo uma nítida timidez e pouco se envolve com outras pessoas.
E aquela noite conversaram sobre suas famílias, seus sonhos e projetos. Perceberam que tinham muito em comum, e que o desejo de uma completava o sonho da outra. (Livro: Quando Amar Demais Enlouquece, Pág.20)
Eis que da amizade nasce um tórrido e avassalador amor, especialmente por parte de Kailla, que inicialmente mostra-se centrada e pronta para um relacionamento saudável e sem cobranças, mas que, com o tempo, demonstra tamanha insegurança e ciúmes, sufocando sua relação com Laura.
Laura não percebeu em qual momento o amor de Kailla passou a sufocá-la. Mas começou a observar os sinais quando a via chamando pelos cantos, dizendo-se abandonada no café da manhã, enquanto ela lia o jornal a fim de inteirar-se das notícias. (Livro: Quando Amar Demais Enlouquece, Pág.35)
Desta forma, a relação que até então era algo bonito de se viver, torna-se um relacionamento conturbado, deixando especialmente Kailla em dúvidas, tendo que ser internada em uma clínica, e, por fim, questionando-se a todo instante sobre tudo o que está acontecendo, até mesmo uma recente ligação com uma das enfermeiras, chamada Amanda.
O que acontecia com Kailla não era punição. Por que ela haveria de pensar isso? Qual será a sua reação ao descobrir a verdade? Observando sua tristeza e frustração, seria prematuro fazer com que ela se lembrasse do que realmente aconteceu. (Livro: Quando Amar Demais Enlouquece, Pág.64)
Agora cesso os meus comentários para não soltar spoilers.

Eu me surpreendi com a história, pois até então pensei que fosse me deparar com uma trama em que o foco seria o relacionamento entre duas mulheres e suas dificuldades no meio social. A trama aborda um relacionamento como muitos que vejo, onde a insegurança e ciúmes passa a reinar, e que, por fim, destrói algo bonito de se ter e viver. Gostei do que li, mas tenho que confessar que inicialmente achei tudo muito corrido e senti falta de um pouco mais de narrativa ao invés de diálogos e acontecimentos em velocidade luz. No entanto, já no meio da trama, houve um equilíbrio, fazendo-me compreender que, de certa forma, era necessário os acontecimentos ligeiros, da forma que foi apresentado. Aliás, eu me surpreendi de forma positiva em como a autora conduziu a história, pois sequer imaginava que o enredo seria abordado de tal forma. É uma leitura rápida, eu a conclui em menos de duas horas, pois o livro tem apenas 101 páginas, e o final tem um gostinho de 'quero mais'.

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; sua diagramação é simples e bonita, com arabescos nas laterais de cada página; as folhas são em papel pólen, ou seja, o amarelinho, com espaçamentos na medida certa e a fonte um pouco maior, algo que a meu ver foi muito bom, já que tenho sérios problemas em ler um livro com fonte pequena; sua capa estampa duas mulheres algemadas, condizendo com o que o enredo apresenta, remetendo a um relacionamento que ora perpetua na alegria, e ora na dominação. Por fim, para aqueles que curtem uma leitura rápida e que de certa forma surpreende, essa é uma boa pedida. Ressaltando que este é o primeiro livro de uma trilogia.


Livro: Quando Amar Demais Enlouquece
(Trilogia Passional, Livro 1)
Autora: Milla Cohen
Gênero: Romance/LGBT
Editora: Tribo das  Letras — Selo Métrica
Ano: 2015
Páginas: 101

[Crônica]: Escandalosa sinceridade, de Martha Medeiros

A sinceridade destrói castelos de areia. É a realidade sem anestesia. Ela não estimula reticências, não teatraliza as relações humanas, não debocha da credulidade alheia, não falsifica impressões. A sinceridade é de vanguarda. É tão soberana que emudece a todos. É tão inesperada que impede retaliações. A sinceridade é o ponto final de qualquer discussão. Quer deixar alguém perplexo? Fale a verdade.


Por: Martha Medeiros

18 DICAS SOBRE COMO DIVULGAR SEU LIVRO

Se atualmente publicar ficou mais fácil, agora o autor enfrenta um novo desafio: divulgar o livro que conseguiu publicar. Tarefa nada simples, tendo em vista a concorrência. Pois, se ficou mais fácil para você publicar, ficou mais fácil para todo o resto da humanidade publicar também.

E como se destacar no meio desta multidão de novos escritores?

Existem maneiras simples e certeiras de divulgar o seu livro, e você mesmo pode fazer, no conforto de seu lar e sem a ajuda de intermediários. E o melhor: sem precisar investir todas as suas economias.
Porém, é importante que se atente para o fato de que este é um trabalho com resultado para médio e longo prazo. Até mesmo por que, ninguém nunca disse que seria fácil e rápido.

Mas são alternativas viáveis, possíveis e acessíveis.

É só querer.

1) Primeiro, escreva um release de pré-lançamento de seu livro. Para quem não sabe, release é um texto jornalístico distribuído para a imprensa, com informações sobre a obra, o autor e o lançamento. Qualquer dúvida sobre como escrever um release, é só dar um Google.

2) E por falar em Google, pesquise e liste os veículos de comunicação de sua cidade e região. E quando digo ‘e região’, quero dizer pelo menos dez cidades vizinhas. Inclua nesta lista jornais, revistas, rádios, emissoras de TV, sites e etc. Para realizar esta pesquisa, digite Nome da Cidade + Jornal; Nome da Cidade + Revista; Nome da Cidade + Rádio, e faça sua lista.

3) Envie para todos estes veículos listados seu release, juntamente com o convite virtual de lançamento e a capa da obra (ambos em arquivo JPG ou PNG e em média resolução, para facilitar). 

4) Escolha três ou quatro amigos que escrevam bem, e peça para eles resenharem sua obra. É importante que estes amigos realmente saibam escrever, e escrevam com qualidade, clareza e, se não for pedir demais, com criatividade também. Como você deve desconfiar, é muito mais difícil conseguir a publicação de um texto ruim e cheio de erros, do que de um texto claro, objetivo, bem escrito e interessante.

5) Com as resenhas prontas, envie-as para sites voltados para literatura e cultura, que existem aos montes na internet. Envie juntamente a capa de seu livro, em arquivo JPG ou PNG. Mas atenção: não adianta enviar este material para sites de qualidade duvidosa, layout desorganizado, repleto de erros de português e com poucos leitores. Procure por sites que, já em sua apresentação, demonstrem credibilidade e uma postura profissional clara.

6) Existem muitos sites bacanas que recebem livros para resenha e sorteio. Você, enquanto autor, pode fazer uma parceria com estes sites, e encaminhar para eles dois ou três exemplares de seu livro. O editor lê a obra e a resenha, e ainda sorteia seu livro entre seus leitores. Pessoalmente, indico os sites Viaje na Leitura,Cachola Literária e No Universo da Literatura, mas existem dezenas internet afora que possuem política de parceria para novos autores.

7) Utilize-se das redes sociais para divulgação. Poste fotos do lançamento, a capa do livro, trechos da obra, o convite de lançamento, os links onde sair seus releases e resenhas. O Facebook, hoje, possui um poder de divulgação inacreditável, que pode, deve e precisa ser aproveitado por você!

8) Mantenha um blog, até para que seus possíveis leitores possam conhecer seu trabalho e sua maneira de escrever, despertando, assim, o interesse pelo seu livro.

9) Não se esqueça de que escritores não escrevem apenas para outros escritores. Cuidado para não desperdiçar seu tempo e energia participando de grupos e páginas onde só existem escritores que, assim como você, estão atrás de leitores e de divulgação. É importante que você busque seu público leitor no lugar onde ele realmente está.

10) Por isso o trabalho de campo do escritor também é muito importante. Costumo dizer que, muitas vezes, o autor mantém-se tão focado em encontrar o seu espaço na ‘literatura nacional’, que esquece que seu espaço na ‘literatura local’ está bem ali, dando sopa, ao alcance de suas mãos.


[Falando em]: Quero Ser Beth Levitt — de Samanta Holtz

Poder desfrutar de um texto da Samanta Holtz foi uma experiência sem igual, pois há tempos ansiava por isso. Aliás, eu sempre me deparei com pareceres positivos sobre suas obras, mencionando a capacidade e delicadeza que ela tem com os seus textos, algo que sempre me instigou. Eis que ganhei de presente de Natal, da minha moréca Fernanda Braga, essa lindeza. P.S: Obrigada, Fer! S2 Agora confira a sinopse e a resenha desta mais que belíssima obra, Quero Ser Beth Levitt, uma publicação da editora Novo Século.


Sinopse: Amelie Wood perdeu os pais aos doze anos e, desde então, vive em um abrigo de meninas. Com a chegada do seu décimo oitavo aniversário, ela vive agora o temido e esperado momento de deixar o lugar que a acolheu por toda a adolescência para enfrentar o mundo em busca dos seus sonhos. Seu bem mais precioso é o velho exemplar do romance que sua mãe lia para ela, na infância. "Doce Acaso" contava a história de Beth Levitt, uma jovem que, como ela, amava o balé e tinha a vida transformada ao conhecer o príncipe Edward. Amie suspira ao reler incansavelmente aquelas páginas, imaginando quando o príncipe da vida real baterá em sua porta... Por isso, ao soprar as velas, não tem dúvida quanto ao seu pedido: "Quero ser Beth Levitt!". Através de grandes coincidências e uma trajetória que ela jamais imaginaria, Amie se vê, de repente, no fascinante mundo do cinema, cara a cara com o príncipe mais lindo que sonharia encontrar e lutando para se esquivar da maldade de muita gente invejosa, contando, para isso, com sua melhor arma: um coração puro.


"Quando o conto de fadas se torna real..."





Amelie Wood perdeu os pais muito cedo. Seu pai, Paul, morreu quando ela ainda era criança; e sua mãe, Julia, faleceu devido a um câncer quando Amie  como é chamada por todos  tinha apenas 12 anos. E já sabendo de seu futuro óbito, a mãe deixa tudo encaminhado para que a garota prossiga com sua vida, principalmente quando completar 18 anos, quando deixará de fazer parte do orfanato que a acolheu e onde fez verdadeiras e eternas amizades.

Sua mãe, Julia, era uma ex famosa bailarina, que deixou de herança a simples e aconchegante casa que morava com a família e também uma quantia não tão exorbitante em dinheiro para que Amie prossiga com sua vida. Até que o grande e desafiador dia chega, e ela tem que deixar o orfanato e seguir para o seu verdadeiro lar.  
Resistindo ao impulso de mergulhar novamente em lembranças, encaixou a chave na fechadura. O coração saltou com o "clique" seco que preencheu o silêncio. Empurrou a porta pesada, arranhando o piso de madeira, e o ar frio invadiu o seu rosto. Sentiu o cheiro de pó, de lenha cortada... 
 E o cheiro da sua infância. 
(Livro: Quero Ser Beth Levitt, Pág.18)

Amie enxerga a vida (e as pessoas) com um bom coração, e acha que todos são providos de boas intenções. Tal sua surpresa quando percebe que as coisas não são bem assim. Ela sabe que o dinheiro deixado por sua mãe não será suficiente, e por isso sai à procura de um emprego  é neste momento que se depara com Tony, um caça talentos que enxerga nela mais uma candidata para um teste de comercial de shampoo. A partir daí a vida dela dá uma grande virada, e em meio à uma trapaça feita por uma garota que anseia pela mesma chance, ela se vê fazendo um outro teste. Trata-se do filme "Doce Acaso", que conta a história do livro que Amie mais ama e que carrega consigo por todos os cantos, o qual sabe de cor e salteado, um lindo presente deixado por sua mãe. 

De início ela consegue o papel de Cintia, que na verdade é a melhor amiga da protagonista da trama. Contudo, a surpresa maior é quando ela se vê de frente com o seu ídolo, o lindo e talentoso ator de 25 anos, Cris Martin. Ele interpretará o príncipe Edward, par romântico da protagonista da história. Porém, depois de um novo e mágico acontecimento (que eu não vou contar, vocês precisam ler rs), ela acaba sendo presenteada com o papel principal, ou seja, interpretará a protagonista que ela tanto ama, Beth Levitt.
Amie fechou os olhos, emocionada. Por um tempo, aquele fora exatamente o seu desejo! Agora, ali estava, vendo-o concretizar-se diante dos seus olhos. Virar realidade, no sentido mais literal possível... 
Mal podia acreditar, mas era verdade.
Ela era Beth Levitt. 
(Livro: Quero Ser Beth Levitt, Pág.239)

Assim como a mãe, ela é uma excelente bailarina, algo que impulsionou para que ela ganhasse o papel principal, além também da química perfeita entre ela e Cris. Isso despertou alegria e inveja, deixando-a entristecida, especialmente com alguns novos acontecimentos. Porém, mesmo com os percalços que insistem em pairar sobre si, ela se mostra uma garota forte e de bom coração.
 Sabe quando tudo parece perfeito demais para ser verdade?  ergueu os olhos amedrontados para ele.  Nem em meus sonhos mais lindos eu imaginei isso. E se simplesmente... não acontecer?
Cris respirou fundo, tentando acompanhar o pensamento dela.
 É natural ter medo, quando alguma coisa muda. 
 É aí que está!  e, agora, havia lágrimas teimosas em seus olhos.  Eu não quero que mude. Quero que fique assim, exatamente como está. Porque, até, hoje, toda vez que algo na minha vida mudou, eu acabei tendo que me despedir de alguém. 


(Livro: Quero ser Beth Levitt, Pág.491)


Os capítulos finais me fizeram perder o fôlego, com muitas reviravoltas e também decepções. Por um momento senti vontade de entrar dentro das páginas e sair a procura do Cris para abrir-lhe os olhos. Mas tudo entrou nos eixos, apresentando um final lindo e emocionante, como um conto de fadas, o que me fez imaginar o quão maravilhoso seria se essa obra  fosse adaptada para as telonas. Agora cesso os meus comentários para não soltar spoilers.

Apaixonante!
Envolvente!
Um conto de fadas!

Não há no mundo nada que me toque mais do que um texto adornado em sentimentos. E este ficará fincado em meu coração, tamanho entretenimento e mensagem que leva consigo. O que era pra ser apenas uma história sessão da tarde, tornou-se um magnífico enredo que me envolveu do início ao fim. Encontrei na Amie qualidades que anseio pra mim e que sei que estão bem distantes. Ela é uma personagem que mesmo na dificuldade, encara tudo de forma positiva e com sua simplicidade e bondade demasiada, consegue envolver a todos. O protagonista, Cris, é tão encantador quanto Amie, pois apesar de ser um príncipe na ficção e na vida, sabe de suas falhas. No entanto, no decorrer da trama, constrói uma verdadeira amizade com ela  e, por fim, passa a amá-la com o mais lindo e verdadeiro sentimento do mundo. S2 Eu me encantei por todo conteúdo, os personagens do bem e até os do mal, pois SIM, até mesmo os ruins nos ensinam algo, principalmente que não devemos agir de má fé ou trapaceando, pois cedo ou tarde o castigo vem a tona.

A Samanta soube conduzir a trama de forma divina, com um enredo envolvente e uma narrativa e diálogos de encher os olhos e o coração e uma escrita impecável. Vocês querem saber se eu gostei do livro? NÃO! EU AMEI!!! E já adianto, tornei-me fã de carteirinha e leria até a sua lista de compras. \o 

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão. Algo que me incomodou um pouco foi o tamanho da fonte usada, pois achei muito pequena, dificultando um pouco a leitura; a diagramação é simples e bonita, levando consigo em cada início de capítulo um par de pés em uma sapatinha de ballet; a revisão está perfeita e sua capa é deslumbrante de tão linda, estampando uma Amie em um dos momentos que mais ama, ou seja, em suas vestes de ballet. Por fim, para você que curte uma linda e mágica história de amor, eis essa MARAVILHOSA pedida. De 1 a 10 eu dou nota 1.000! \o


Livro: Quero Ser Beth Levitt (segunda edição)
Autora: Samanta Holtz
Gênero: Literatura brasileira - Romance
Editora: Novo Século
Páginas: 544
Ano: 2014

17 de jan. de 2016

R.I.P SNAPE

Em homenagem a Alan Rickman, o eterno Severus Snape da saga Harry Potter que faleceu no último dia 14/01/16 devido a um câncer... R.I.P Snape.

“Não espero que vocês realmente entendam a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça a tremeluzir, o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias humanas e enfeitiçam a mente, confundem os sentidos. Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glórias, até a zumbificar se não forem o bando de cabeça-ocas que geralmente me mandam ensinar.” (Pedra Filosofal, capítulo 8) 

Olá, pessoal...

Depois de um tempo sumida, pois o meu computador estava no conserto, estou de volta. EM BREVE vocês terão mais três novas resenhas de livros que foram lidos por esses dias (enquanto eu estava sem PC), e tantas outras coisas legais. Sejam bem-vindos sempre!



Um beijo enorme no coração de todos,

Simone Pesci

2 de jan. de 2016

[Falando em]: Sangue & Desejo, Livro 3 — de Gisele G. Garcia


E a primeira resenha de 2016 é sobre a minha última leitura de 2015, ou seja, o terceiro livro de uma série que amo, escrito por uma amiga mais que querida, a Gisele G. Garcia. Estou falando do livro 3 da série "Sangue & Desejo", que leva como codinome "Sob As Ruínas da Memória". Este foi mais um dos presentes da minha moréca. P.S: Obrigada, Gi! S2

Eu já fiz a resenha dos dois primeiros livros (para conferir basta clicar AQUI e AQUI). Agora vamos de sinopse, book trailer editado por mim e resenha de "Sangue & Desejo, Livro 3".



Sinopse: Um rastro de sangue, maculando os jardins da mansão de Anne O' Brien, é o único indicativo do desaparecimento de Maíra. As buscas pela última Sorin recomeçam e dessa vez não é vingança que está em jogo. Andrei necessita enfrentar o passado, ou jamais terá um futuro. Mas ele não estará sozinho nessa busca; Alexandre a deseja tanto ou mais do que o outro e não está disposto a perdê-la. A obsessão de Anne e a ambição de Dorin serão um trunfo a favor de Alexandre, bem como a ajuda da encantadora Penélope. Onde Maíra está? Apenas o sobrenatural poderá responder. Os espelhos do passado estão de volta, refletindo uma nova imagem ainda desconhecida. Uma imagem que trará um tormento ainda maior do que apenas ser confundida com outra mulher.


P.S: Vídeo editado por Simone Pesci

"Porque um passado em ruínas destrói até mesmo o amor"


Dias atuais, Romênia.
Neste terceiro livro temos Maíra, a protagonista e recente vampira desaparecida. Muitos mistérios envolvem o desaparecimento da última pessoa da linhagem do Clã Sorin, aquela que encantou muitos no passado e também encanta a tantos outros no presente.

Andrei, o vampiro que transformara Maíra em uma imortal e por qual se apaixonou e divide uma morte à dois, fica apreensivo e atordoado por não ter sua amada pupila ao lado, pensando a todo instante quem cometeu tal barbárie? Além de apreensivo, ele também se questiona sobre uma nova perspectiva, o envolvimento emocional de Maíra com Alexandre, outro vampiro das antigas, pois enquanto ele comparava Maíra com Isabel, deixando-a de lado e às vezes até mesmo sendo cruel e desdenhando-a, Alexandre se aproxima e a envolve com seu apoio e encanto, e, por fim, realmente acaba por se interessar por Maíra.
As íris perderam a cor nublada e mergulharam em um mar de água enegrecida e agitada. O sangue fervia, queimando nas veias. A ideia de ter Alexandre tocando em Maíra fazia seu peito explodir, alastrando estilhaços de ódio e fúria para todos os cantos. E apenas pensar que sua pupila tenha gostado do toque do outro, o fez esquecer-se do fogo que quase o consumira momentos antes e, do quão Alexandre era mais poderoso do que ele. (Livro: Sangue & Desejo - Livro 3, Pág.21 )
Agora todos estão atrás de Maíra, uns por amor e outros tantos por interesses alheios. E no meio de toda essa confusão, retornam alguns personagens do primeiro livro e tantos outros novos personagem surgem, intrigando e instigando ainda mais a trama, sendo um destes, Lucius, que, por sinal, é um dos mais antigos e poderosos vampiros.
 Cães bravos são uma graça, mas bastante irritantes. Conhece-me bem Andrei, sabe que me ver irritado não é bom. Seja um bom menino e espere pelo próximo anoitecer. Conheço feitiços que colocariam qualquer vampiro em eterno castigo. (Livro: Sangue & Desejo - Livro 3, Pág.53)
Além de Lucius temos também Baldassari, um impiedoso e maléfico vampiro que, assim como os outros, teve um envolvimento com Isabel no passado e a enxerga na pele de Maíra.
Havia uma estranha esperança nos olhos dele, algo que trazia um desconforto enorme para Maíra. Andou até ela e sem esperar por mais alguma pergunta, devolveu-lhe o punhal às costelas. A dor dela parecia não o abalar. (Livro: Sangue & Desejo - Livro 3, Pág.107)
Assim segue a trama do livro 3, com todos a procura da única herdeira do sangue Sorin, cada qual com seu interesse à parte. Agora cesso os meus comentários para não soltar spoilers

Apesar deste terceiro livro ser o que eu menos gostei, ainda assim CURTI MUITÃO a trama, especialmente nos capítulos finais, que fez com que eu perdesse o fôlego e vibrasse com uma nova situação, ou seja, um novo casal que decerto fará acontecer todo o balacobaco. A Gisele sabe narrar um conteúdo de cunho investigativo/sobrenatural como ninguém. Aliás, essa tornou-se uma das séries de vampiro que eu mais amo. S2 Porém, infelizmente a autora não finalizou o último livro, pois trata-se de uma quadrilogia, o que me deixou chateada, pois anseio pelo desfecho final da trama. contudo, ainda tenho esperanças de que ela o publique.

O livro é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; sua capa é linda, estampando uma Maíra em pranto com lágrimas de sangue; a diagramação é de encher os olhos, sendo essa artística, com cada início de capítulo mostrando mãos algemadas, ou seja, uma Maíra em cárcere privado, adornadas em páginas de papel pólen (o amarelinho), com fontes e espaçamentos na medida certa. Por fim, se você curte o gênero, eis uma excelente pedida. Vem junto! \o


Livro 3: Sangue & Desejo - Sob as Ruínas da Memória
Autora: Gisele G. Garcia
Gênero: Literatura fantástica brasileira
Editora: Literata
Ano: 2014
Páginas: 180