30 de jan. de 2018

[Falando em]: Fragilidade, Paracosmos — de Alec Silva

Eu me deparei com esse e-book para baixar gratuitamente e, sem pestanejar, o baixei. o/ Eis que, por mais uma vez, tenho uma belíssima surpresa. 🌷🌷🌷Agora convido a todos para conferir "Fragilidade, Série Paracosmos", obra do escritor Alec Silva, uma publicação da Ex! Editora. Vem junto! o/




Sinopse: Um simples esbarrão e o paracósmico Abrão vislumbra o destino de Daiane, até então uma completa desconhecida. Intrigado com seu suicídio, ele resolve descobrir mais sobre os motivos e causas e, após obter detalhes de sua vida, parte em busca de vingança. Mas não pelo suicídio. "Fragilidade" é um novo capítulo de "Paracosmos", a saga de fantasia sombria sobre um grupo de crianças e adolescentes marcados por traumas e dotados de poder, uma combinação perigosa e delicada, assim como qualquer emoção. 



"Porque calar-se é um bem frágil..." 

Um conto tocante! 🌷🌷🌷

Abrão é um jovem que leva consigo um poder paracósmico, vislumbrando passado e futuro. E, ao esbarrar com Daiane, se depara com o que acontecerá. A jovem mora com os tios e os primos desde que perdera os pais, e passa a sofrer bullying devido a mentiras que são contadas a seu respeito. 

Um simples toque e tudo muda. Basta um esbarrão casual, minha pele tocar outra, e eu sei sobre o passado e o futuro de alguém. Ou até onde vai o futuro. No caso de Daiane, o futuro se estenderia por mais uma hora, sete minutos e quarenta e dois segundos. Não mais e não menos. (Conto: Fragilidade, de Alec Silva)

(clique na imagem para maior resolução)



SIM! Abrão sabe o que Daiane está prestes a fazer. Além do bullying, ela sofre um abuso sexual. Foram três jovens conhecidos que cometeram tal atrocidade seguida de ameças, afirmando que mostrariam as fotos tiradas durante o ato.
Em pé, diante do corpo pálido devido aos cortes profundos nos pulsos, meu plano de vingança se formava conforme elucidava melhor as causas. O esbarrão na rua, enquanto ela passou por mim apressada, segurando com firmeza um pequeno pacote, os olhos inchados de tanto chorar, os pensamentos suicidas pulsando e gritando em sua mente, havia me dado muito material, mas agora era diferente, era mais lúcido, mais minucioso. (Conto: Fragilidade, de Alec Silva)
Abrão não se conforma com tal atrocidade e junto de uma colega  digamos assim  também provida de um poder paracósmico, se vinga dos jovens covardes.
Meu tom de voz foi relativamente alto e atingiu os ouvidos certos. Ninguém era culpado pelo suicídio, mas muitos eram pelo sofrimento causado. (Conto: Fragilidade, de Alec Silva)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

O escritor deixa claro que não pegou carona com o sucesso de "13 Reasons Why" (Os 13 Porquês), obra de Jay Asher (adaptada como série pela Netflix), e também o “jogo” Baleia Azul. Mas ele afirma que ambos o inspirou no processo de escrita deste conto, e posso dizer... APLAUSOS, pois ele conseguiu abordar tais temas com verossimilhança e profundidade. Eu li o conto numa tacada, na ida e volta de mais uma consulta à minha psiquiatra (veja o quão propício foi o momento... rs). E por sofrer com alguns distúrbios citados na trama, estando em tratamento desde o final de 2016, compreendi o conto com maior intensidade.

FRAGILIDADE é um grito no escuro, um denotar apreensivo, onde muitos leitores podem se identificar. Eu, particularmente, me identifiquei. o/ Não se trata apenas de um conto, mas sim de um farfalhar infindável de razão e consequência, ou melhor, crime e castigo. Eu marquei tantos trechos, pois pareciam ter saído da minha mente. Contudo, aqui na resenha, inseri apenas três quotes que levam a narrativa de uma triste história. A trama vai além disso... Vai por mim! Eu gostei muito!!! o/ Por fim, para você que curte o gênero e está a fim de uma leitura rápida e de sobrecarga emocional, eis essa belíssima pedida. 🌷🌷🌷

A trama é narrada em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, no padrão digital; e a capa, além de bonita, é instigante e condizente com a trama. P.S: Já baixei gratuitamente outros contos dessa série e, logo menos, trarei as resenhas.



Conto: Fragilidade  Série Paracosmos
Autor: Alec Silva
Gênero: Drama
Editora: Ex!
Ano: 2017
Páginas: 35

"Não se culpe por se afastar de algumas pessoas e fechar algumas portas"

A vida precisa de faxina. De reciclagem. De ressignificação. 

De tempos em tempos, precisa que a gente mude os móveis de lugar, troque o tapete, pinte a parede de uma cor diferente. Depois de algum tempo, precisa que a gente rasgue alguns papéis, libere espaço nas gavetas, ventile o ambiente, se desapegue daquilo que deixou de ter significado. 

Eu costumava me sentir culpada de jogar a maioria dos cadernos antigos do meu filho fora. Porém, no ano seguinte, outra pilha de cadernos se somava à anterior, e eu acabava descartando aqueles que havia guardado. Hoje, conservo apenas um de cada ano, e pode ser que lá na frente eu descubra que não faz mais sentido guarda-los também. Porém, no momento ainda é importante para mim. No momento ainda faz sentido manter aqueles cadernos encapados com adesivos do Minecraft que mostram a evolução da letrinha cursiva e me lembram a fugacidade da infância. 

Leva tempo até que a gente se sinta pronto para se desapegar de histórias, objetos, hábitos e pessoas que se quebraram. Como um vaso quebrado, insistimos em colar os cacos, imaginando que podemos manter a peça intacta, como era anteriormente. Nos apegamos aos fragmentos e esquecemos que coisas boas acontecem para quem libera espaços, para quem redimensiona o passado e dá uma chance ao futuro. 

Não se trata de vingança. Mas às vezes você tem que parar de direcionar o seu afeto e a sua atenção para quem não é recíproco com você. Deixar de mandar mensagens para quem só aparece quando tem interesse, parar de insistir num encontro para um café com quem sempre arruma uma desculpa, manter distância de quem tenta te diminuir, deixar de ter expectativas após longos silêncios e prolongadas ausências, aprender a se proteger e se valorizar, entendendo que nem sempre gostar muito de alguém é pré-requisito para essa pessoa também gostar muito de você. 

Nem sempre ter afeição por alguém é o suficiente para essa relação funcionar. De vez em quando você tem que ter feeling, sensibilidade e diplomacia para se resguardar e se afastar. Fomos educados a agir com tolerância e perdão, mas isso não significa autorizar que algumas pessoas nos subtraiam, ou que nossas vidas fiquem suspensas à espera de um gesto de reciprocidade que nunca ocorrerá. De vez em quando você tem que acordar e perceber que esteve remando o barco sozinho, e que já é hora de parar. 

A vida precisa de faxina. E isso inclui fechar algumas portas e dar fim a algumas histórias. Nem tudo cabe em nossa nova etapa de vida, e temos que ser corajosos para abrir mão daquilo que um dia teve significado e hoje não tem mais. Nem sempre é fácil encerrar um capítulo. Porém, às vezes o capítulo já se encerrou faz tempo, só a gente não percebeu. 

Por fim, não se esqueça do ditado que diz: “Não guarde lugar para quem não tem intenção de sentar ao seu lado”. Algumas pessoas não valem nosso esforço. Não valem nosso empenho nem intenção de proximidade. Elas simplesmente não fazem questão. E insistir em manter um laço sem reciprocidade só irá nos desgastar, cansar, decepcionar. Quanto antes você entender isso, mais cedo aprenderá a valorizar quem está ao seu lado, seus afetos verdadeiros, sua história bem contada. E enfim adquirirá uma espécie de amor próprio que não lhe permitirá mais remendar porcelanas quebradas. Entenderá de finais e recomeços, e aprenderá a não sentir um pingo de culpa por se amar em primeiro lugar. 


28 de jan. de 2018

[Falando em]: AMOR SERENO — de Vivi Peixoto

É com alegria que apresento-lhes o primogênito literário de uma amiga, a Vivi Peixoto💘💘💘 Trata-se de um romance fofo, que está disponível em formato digital (para adquiri-lo, clique AQUI). Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "AMOR SERENO", uma publicação independente. 


Sinopse: Pela primeira vez, Ann Bittencourt tem a oportunidade de tomar suas próprias decisões. Uma gravidez inesperada na adolescência a levou casar-se muito cedo e sair da casa dos pais antes de alcançar a maioridade. O casamento, sempre turbulento, chega ao fim após quinze anos, deixando-a emocionalmente fragilizada. Em busca de uma história nova e incentivada pelo pai, Ann transforma o hobby de muitos anos em uma loja de artesanato em Vale Novo, uma charmosa cidade interiorana, deixando para trás a metrópole caótica em que vivia com o ex-marido. Com seu negócio próprio florescendo e novos amigos surgindo, Ann, aos trinta e dois anos e junto com Rebeca, sua entusiasmada filha de quinze, começa a recuperar sua autoestima. O que não esperava era conhecer Oliver, que nasceu e cresceu em Vale Novo e, mesmo sendo gentil e atencioso, também é calejado por seu passado. Com sua personalidade serena, Oliver espera pacientemente que a amizade nutrida por ele e Ann se torne algo mais Ann não estava à procura do amor e Oliver havia desistido de amar. O que acontece quando a vida os une inesperadamente? 



"Porque há de esperar a serenidade te encontrar..." 


Uma grata surpresa! 💘💘💘

Ann Bittencourt tem trinta e um anos e acabou de se divorciar de Jonas, seu primeiro e único relacionamento, com quem teve Rebecca, a filha de quinze anos. Mãe e filha viveram por anos uma relação conturbada com o marido/pai, permeada em ofensas e tantos outros males. Desta forma, ao lado da filha, ela se muda para Vale Novo, uma cidadezinha do interior.


(clique na imagem para maior resolução)

Ainda receosa, Ann colocou a chave na fechadura, virou e escutou o click da lingueta abrindo. Rebecca, ansiosa para entrar, girou a maçaneta antes mesmo que sua mãe conseguisse tirar a chave da porta, e entrou na loja. (Livro: AMOR SERENO, Cap.1)
Ann adquiriu uma lojinha onde venderá suas confecções artesanais, e na parte de cima do estabelecimento, fixou moradia com a filha. Aos poucos mãe e filha se estabelecem e, em Vale Novo, faz novos amigos. 
Ann tentava ao máximo não olhar para Oliver, mas mesmo assim, seus olhares sempre se encontravam. Ela não sabia ao certo se ele estava sempre olhando para ela ou se era coincidência mesmo. Não podia evitar o sentimento inquieto toda vez que os seus olhos se cruzavam, receosa que Oliver interpretasse isso como uma paquera silenciosa. (Livro: AMOR SERENO, Cap.6)
Oliver Tanner tem trinta e dois anos. Ele é advogado e possui um restaurante em frente à loja de Ann. No passado foi noivo por duas vezes, porém não se casou. Contudo, aos poucos, começa a enxergar Ann com outros olhos. 
 Eu gosto de você.  Ele a olhou pela primeira vez.  Estou esperançoso que um dia você vá me dar uma chance. Quero que você leve as coisas que eu disse em consideração. Quero ser honesto com você. Queria que soubesse que não vou ter filhos e que meu pai nunca foi um bom modelo. Você vai acabar ouvindo alguém contar sobre o tipo de homem que ele era, e acho melhor você escutar de mim primeiro. (Livro: AMOR SERENO, Cap.10)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Mais importante do que ler uma linda história é saber que ela foi escrita por uma amiga. Antes mesmo de conferir, sabia que leria um enredo enternecedor, pois a amiga/autora é uma ávida leitora, o que agrega para a construção de um texto. 

AMOR SERENO é uma trama que fala sobre entrega, com protagonistas que passaram por tempestades bruscas e que aprendem, em doses homeopáticas, direcionar um sentimento vigente. Ann e Oliver são apaixonantes, e alguns personagens secundários também  principalmente Rebecca , que acaba tornando-se a cereja do bolo. Trata-se de uma história de amor que me fez íntima (por diversas vezes ansiei entrar no livro), e que leva consigo uma bonita mensagem. Se eu gostei?! NÃO, EU NÃO GOSTEI... EU AMEI! 💘💘💘 E de antemão, afirmo: "Eu leio até mesmo a lista de compras da Vivi!" o/

A trama é narrada em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, no padrão digital; e a capa é belíssima, estampando um regador com margaridas, algo sugestivo e condizente ao conteúdo, onde dia a dia há de se regar o amor.


Livro: AMOR SERENO
Autora: Vivi Peixoto
Gênero: Romance/Drama
Publicação Digital  Independente
Ano: 2017
Páginas: 201

26 de jan. de 2018

[Falando em]: A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*DA-SE — de Mark Manson

Eu ganhei esse livro de uma amiga queridíssima  a Katia Caetano , autora de "Laço Colorido" (para conferir a resenha, basta clicar AQUI), e desde já agradeço o presente (P.S: Valeu, Katinha! 💘💘💘). Agora convido a todos para conferir a sinopse e o meu parecer sobre "A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*DA-SE", obra do autor Mark Manson, uma publicação da editora Intrínseca


Sinopse: Chega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço. Coaching, autoajuda, desenvolvimento pessoal, mentalização positiva  sem querer desprezar o valor de nada disso, a grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo. É um pecado social se deixar abater quando as coisas não vão bem. Ninguém pode fracassar simplesmente, sem aprender nada com isso. Não dá mais. É insuportável. E é aí que entra a revolucionária e sutil arte de ligar o foda-se. Para os céticos e os descrentes, mas também para os amantes do gênero, enfim uma abordagem franca e inteligente que vai ajudar você a descobrir o que é realmente importante na sua vida, e f*da-se o resto. Livre-se agora da felicidade maquiada e superficial e abrace esta arte verdadeiramente transformadora. 


"Porque há de se ligar o foda-se e sorrir..." 

UMA ANÁLISE PROFUNDA!

Trata-se de um conteúdo  digamos assim  de autoajuda. Por este motivo, antes de dar o meu parecer, deixarei abaixo três quotes.
Porque eis outra verdade secreta sobre a vida: não tem como ser importante e transformador para algumas pessoas sem ser uma piada e um constrangimento para outras. É impossível, porque não existe ausência de adversidade. Não existe e pronto. Dizem que, aonde quer que você vá, há uma tonelada de adversidades e fracassos esperando. Esse não é o problema. A ideia não é fugir das merdas. É descobrir com qual tipo de merda você prefere lidar. (Livro: A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*ODA-SE, Pág.25)
É simples: coisas dão errado, pessoas cometem erros, acidentes acontecem. Tudo isso deixa a gente na merda. E tudo bem. Sentir-se mal é um componente imprescindível da saúde emocional. Negar sentimentos ruins é perpetuar problemas em vez de solucioná-los. (Livro: A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*ODA-SE, Pág.94)
Clichês desagradáveis como "confiar em si mesmo" e "seguir seu coração" estão por toda parte. Talvez o melhor seja confiar menos em si mesmo. Afinal, se nosso coração e nossa mente são tão falhos, precisamos questionar ainda mais nossas intenções e motivações. Se está todo mundo errado o tempo todo, não seriam o ceticismo e a rigorosa objeção a nossas crenças e suposições o único caminho lógico para o amadurecimento? (Livro: A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*ODA-SE, Pág.139)

(clique na imagem para maior resolução)


Com uma linguagem direta o autor dissertou o seu ponto de vista sobre o modo de pensar/viver e suas consequências, tentando fazer do negativo, positivo. Até aí entendi o recado, mas a curiosidade matou o gato.

A SUTIL ARTE DE LIGAR O F*DA-SE é nada menos que um ponto de vista peculiar. Apesar de concordar com alguns pontos, discordei de tantos outros  e isso, claro, diz respeito a forma de pensar (ninguém precisa ser igual). O que era pra ser uma reflexão divertida, tornou-se uma análise insossa: os capítulos passavam e eu sentia como se estivesse lendo o mesmo. Tempos atrás me perdi nas páginas da biografia de uma amiga/autora e parceira aqui do blog, que leva consigo esse mesmo propósito, e posso dizer... EU MEGA AMEI, pois ela soube contar de forma positiva e irreverente as mazelas que já passou (para conferir a resenha, clique AQUI), e como fazer da tragédia uma comédia. Por fim, Mark Manson e sua maneira de pensar não me pegou, mas, de alguma forma, deixou alguns pontos interessantes para que eu reflita. o/

O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa de fácil compreensão; a diagramação está excelente, com fontes e espaçamentos em bom tamanho, adornada em papel pólen (o amarelinho); e a capa é maravilhosa, com um tom laranja vibrante e um título pra lá de instigante. 


Livro: A SUTIL ARTE DE LIGAR  O F*DA-SE
Autor: Mark Manson
Gênero: Autoajuda/Reflexões
Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 224

[Falando em]: A Rainha dos Condenados — de Anne Rice

Essa obra foi enviada pela Renata Pereira para resenhar no blogue "Uma leitura a mais— e, claro, aqui no meu bloguito. (P.S.: Obrigada, Re!). PASMEM, mas eu nunca li nada da autora Anne Rice, apenas assisti (anos atrás) a adaptação de "Entrevista Com o Vampiro", o primeiro livro dessa série. 💘💘💘 Agora convido a todos para conferir a sinopse e o meu parecer sobre "A Rainha dos Condenados, As Crônicas Vampirescas - Livro 3", uma publicação da editora Rocco


Sinopse: Lestat, o roqueiro diabólico, o perversor apresentado em "Entrevista com o vampiro", lança sua autobiografia e um disco terrível. Pior: não contente, resolve ainda promover um show em que o tema principal é proibido: a verdadeira origem dos vampiros e todo o peso da maldição que os acompanha. Em "A Rainha dos Condenados", a escritora americana Anne Rice retoma os personagens que a tornaram famosa e faz o livro de maior suspense e densidade de suas Crônicas Vampirescas. Aqui, há vampiros para todos os gostos. Jovens e delinquentes, como Baby Jenk, da Gangue das Garras, românticos como Armand e Daniel, estudiosos como Jesse, que investiga para a organização conhecida como Talamasca, a história desses seres estranhos, imortais misturados entre mortais, para quem sangue, sexo e morte são elementos indissolúveis do dia-a-dia. Reunidos em torno de Lestat, eles respondem ao chamado de sua música quase hipnótica e correm, ao longo da narrativa de Anne Rice, um perigo difícil de evitar. É que o som de Lestat desperta Akasha, a mãe dos vampiros, a encarnação da força maléfica feminina, disposta a escolher os justos, entre os vampiros, através de um banho de sangue. 


"Porque a eternidade é um relógio sem ponteiros" 

Um grito no escuro!

Dividido em três partes e apresentando outros personagens: o leitor ficará de frente com o x da questão, ou melhor, de frente com o presente e o passado de vampiros poderosos (outros nem tanto). 
 Que os espíritos testemunhem, pois deles é o conhecimento do futuro, do que seria e do que eu desejo: Você é a Rainha dos Condenados, é o que você é! O Mal é o seu único destino. Mas em seu maior momento sou eu quem vai derrotá-la. Olhe bem meu rosto. Sou eu quem vai derrubá-la! (Livro: A Rainha dos Condenados, Pág.167)
(clique na imagem para maior resolução)


Enkil e Akasha foram os primeiros vampiros, regentes do Vale do Nilo. Já Lestat, um vampiro mais novo e destemido, famoso por suas canções e tendo uma infindável quantidade de fãs (humanos e vampiros), tem como objetivo despertar com suas letras/músicas "A Rainha dos Condenados", ou seja, Akasha.
Rádios tagarelavam sobre o culto do demônio, massacre, incêndios e combustão instantânea, alucinações coletivas. Falavam de vandalismo e juventude enlouquecida. Mas era uma cidade grande, apesar de sua pequenez geográfica. A mente racional já tinha encapsulado e ignorado a experiência. Milhares de pessoas não prestaram atenção. Outras modificavam na lembrança, lenta e detalhadamente, as coisas impossíveis que tinham visto. O Vampiro Lestat era um roqueiro humano e nada mais; seu show foi cenário de uma previsível, embora incontrolável, histeria. (Livro: A Rainha dos Condenados, Pág.288)
Lestat consegue despertar Akasha, tendo-a como companhia permanente, conduzindo-os a um novo propósito, onde perdura poder e sofrimento. 
 Venha, meu príncipe  ela sussurrou. Silêncio novamente. Ela ergueu as mãos e segurou meu rosto. Seus olhos negros cresceram, o rosto branco ficou  de repente dócil, quase suave.  Se você quer mesmo ver, vou mostrar-lhe os que ainda estão vivos, aqueles cujo nomes vão virar lenda, junto com o seu e o meu. (Livro: A Rainha dos Condenados, Pág.303)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.  

De início fiquei um tanto confusa, creio que pelo fato de não ter lido os livros anteriores e pouco saber sobre os personagens. Em devido momento pensei em desistir, mas ao virar as páginas achei a trama pra lá de instigante. Apesar de intercalar histórias de diversos vampiros, a PARTE 3 converge com tais personagem, dando sentido ao propósito final. A escrita da autora é perfeita, e mesmo o carro-chefe sendo a  narrativa (não sou chegada em histórias permeadas em narrativa detalhadas), fiquei ansiando pelo desfecho final.

A RAINHA DOS CONDENADOS  AS CRÔNICAS VAMPIRESCAS é uma trama de poder, onde a força inumana anseia em criar uma nova era. Não há mais o que falar, qualquer palavra dita se tornará um spoiler. No entanto, aviso de antemão: "VALE A PENA CONFERIR!" Se possível, leia os volumes anteriores, pois creio que terá um entendimento melhor do conteúdo. Dizem por aí que este terceiro volume é o mais complicado e, em certas partes, insosso. De qualquer forma, EU AMEI! 💘💘💘

A trama é narrada parte em primeira pessoa; parte em terceira pessoa, com narrativa e diálogos às vezes rebuscados, porém de fácil compreensão; a diagramação me incomodou um pouco, pois além de ser em papel off-set (o branquinho), a fonte para leitura está pequena, além das laterais bem próximas da borda; já a capa é bem bonita, estampando ninguém menos que Akasha — A RAINHA DOS CONDENADOS. **Observação: Após ler o livro fui conferir a adaptação de 2002... E PQP, QUE MERDA FOI AQUELA?


Livro:  A RAINHA DOS CONDENADOS
AS CRÔNICAS VAMPIRESCAS, LIVRO 3
Autora: Anne Rice
Gênero: Sobrenatural
Editora: Rocco
Ano: 1988
Páginas: 586

24 de jan. de 2018

“All Your Perfects” — Capítulo 1

Uma amiga me marcou numa postagem com o primeiro capítulo de "All Your Perfects", livro da diva-mor Colleen Hoover. A obra será lançada no segundo semestre de 2018. Se eu surtei?! SIM, EU SURTEI! E por esse motivo estou postando o primeiro capítulo aqui, é claro que com o devido crédito. Vem junto conferir!!! 💘💘💘





Depois... 



O porteiro não sorriu para mim. 

Esse pensamento me atormenta durante a viagem inteira de elevador para o andar de Ethan. Vincent tem sido meu porteiro favorito desde que Ethan se mudou para este prédio. Ele sempre sorri e conversa comigo. Mas hoje, ele simplesmente manteve a porta aberta com uma expressão estoica. Nem mesmo um “Olá, Quinn. Como foi de viagem?” 

Acho que todos temos dias ruins. 

Eu olho para o meu celular e vejo que já passa das sete. Ethan deve chegar às oito, então terei tempo suficiente para surpreendê-lo com um jantar. E comigo. Eu retornei um dia antes, mas decidi não contar para ele. Temos feito tantos planos para o nosso casamento; faz algumas semanas desde que tivemos uma verdadeira refeição caseira. Ou até mesmo sexo. 

Quando chego ao andar de Ethan, eu pauso assim que saio do elevador. Há um cara andando de um lado para o outro do corredor, de frente para a porta do apartamento de Ethan. Ele dá três passos, para e olha para a porta. Ele dá outros três passos na outra direção e para de novo. Eu o observo, esperando que ele vá embora, mas ele não vai nunca. Ele continua andando de um lado para o outro, olhando para a porta de Ethan. Não acho que ele seja amigo dele. Eu o reconheceria se fosse. 

Eu caminho em direção ao apartamento de Ethan e pigarreio. O cara me olha e eu aponto para a porta indicando que preciso passar. O homem se afasta e abre espaço para mim, mas tomo cuidado para não fazer contato visual com ele. Eu procuro minha chave na bolsa. Quando a encontro, ele se move do meu lado, pressionando a mão na porta. “Você vai entrar aí?” 

Eu olho para ele e depois, para a porta de Ethan. Por que ele está me perguntando isso? O meu coração começa a acelerar com o pensamento de estar sozinha em um corredor com um homem estranho que está se perguntando se estou prestes a abrir a porta de um apartamento vazio. Será que ele sabe que Ethan não está em casa? Será que ele sabe que estou sozinha? 

Eu pigarreio e tento esconder meu medo, ainda que o cara pareça ser inofensivo. Mas acho que maldade não tem cara, então é difícil julgar. “O meu noivo mora aqui. Ele está lá dentro,” eu minto. 

O homem acena vigorosamente. “É. Ele está lá dentro.” Seu punho se fecha e ele bate na parede ao lado da porta. “Lá dentro com a porra da minha namorada.” 

Uma vez, eu tive aula de defesa pessoal. O instrutor nos ensinou a deslizar a chave entre os nossos dedos, empurrando-a para fora, assim, se você for atacado, você pode apunhalar o agressor no olho. Eu faço isso, preparada para que o psicopata diante de mim parta para cima a qualquer momento. 

Ele bufou, e eu não pude deixar de notar que o ar entre nós encheu-se de um aroma de canela. Que pensamento estranho para se ter no momento antes de eu ser atacada. Seria um repertório esquisito na delegacia. “Ah, eu realmente não consigo dizer o que o meu agressor estava vestindo, mas seu hálito tinha um cheiro bom. Tipo, Big Red.” 

“Você está no apartamento errado,” eu digo a ele, esperando que ele vá embora sem argumentar. 

Ele balança a cabeça. Minúsculos movimentos que indicavam que eu não poderia estar mais errada e ele não poderia estar mais certo. “Eu estou no apartamento certo. Tenho certeza. O seu noivo dirige um Volvo azul?” 

🌷 Uma dose de Lispector... 🌷

 
Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranqüilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer. Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca." 

🌷 Clarice Lispector 🌷

22 de jan. de 2018

[Divulgando]: VIOLET — de Giuliana Sperandio

Olá, lovers!
Hoje trago uma linda notícia, a divulgação de "VIOLET", o primogênito da blogueira/autora Giuliana Sperandio, que sempre contribuiu com a literatura nacional em seu blogue  Clube do Livro e Amigos. O livro será publicado ainda esse ano, pela editora The Books. Eu perguntei para a autora, mas ela não soube me informar quando será o lançamento: se no primeiro ou segundo semestre de 2018. Independente da data, adianto que estou louca para conferir. Quem me conhece sabe que sou de dramas e romance, e só com a sinopse e a capa fiquei instigada. A propósito, essa capa está muito bonita, colorida e com um ar de mistério. À Giuliana desejo êxito. Confiram a sinopse e um quote da obra abaixo. E QUE VENHA VIOLET!!! 💘💘💘



Sinopse: Ela só queria fugir do seu passado e recomeçar uma nova vida. Os ventos do destino a levaram para o coração de uma cidadezinha pitoresca chamada Holambra, onde a esperança tem cheiro de flores. Ele é um viúvo que perdeu o seu grande amor, vivia apenas por sua filha e tinha perdido a fé em recomeços. Duas histórias que se encontram, dois corações marcados por dores. Seriam eles capazes de enxergar os planos do destino para suas vidas? O perdão é a chave, a esperança é a porta. Será que eles estariam prontos para atravessa-lá juntos? 




**E aí, curtiram?!
Eu, particularmente, AMEI! 💘💘💘

20 de jan. de 2018

[E-BOOK]: DEZESSEIS - A ESTRADA DA MORTE

Ele chegou! DEZESSEIS: A ESTRADA DA MORTE está à venda em formato digital, reestruturado e com nova revisão, além de um linda diagramação. O livro está com preço acessível e se você for assinante do Kindle Unlimited, não paga nada. Caso você não tenha o aparelho Kindle para a leitura, siga as instruções abaixo para começar a ler GRATUITAMENTE no seu smartphone, tablet ou computador. ADQUIRA. AVALIE. COMPARTILHE


**Bem-vindos à estrada da morte! 😎📖

✔ Para adquirir o e-book, clique AQUI.
✔ Para download do aplicativo gratuito, clique AQUI.

17 de jan. de 2018

💘💘💘 Das séries que amei... 💘💘💘

Eis uma série de livros que está guardada do lado esquerdo do peito. 💘💘💘 Estou falando da série "ELEMENTOS", escrita por uma das autoras que passou a fazer parte dos meus prediletos/as. o/ Quem me conhece sabe que sou de dramas  e, por tal motivo, não poderia deixar de expressar  a minha paixão. Brittainy C. Cherry é formada em artes cênicas, com especialização em escrita criativa pela Carroll University, em Wisconsin. Quando não está escrevendo, adora brincar com seus bichinhos de estimação. Ela mora com a família em Milwaukee, Wisconsin. A autora esteve aqui no Brasil em Dezembro de 2017, numa disputada sessão de autógrafos. Eu não pude comparecer devido a problemas pessoais. Abaixo deixarei quatro quotes (junto ao link da resenha), cada qual de um livro da série. Caso não consiga ler os quotes, e só clicar nas imagens para maior resolução. 💘💘💘





✔ Para conferir a resenha, clique AQUI.





✔ Para conferir a resenha, clique AQUI.




✔ Para conferir a resenha, clique AQUI.




✔ Para conferir a resenha, clique AQUI.

16 de jan. de 2018

O meu problema é que sou intensa demais…

Para alguns isso tudo é drama, para outros é frescura, tem os que acham que eu só quero chamar atenção. Tem gente que nem se importa, não tá nem aí. Mas a verdade é que eu sou feita de excesso. Em excesso. 

Nasci assim, com umas células extras de intensidade no corpo. Sou oito ou oitenta, tudo ou nada, agora ou nunca. Se eu amo alguém, é dilaceradamente, com todo o meu coração. Mas se odeio alguém, é na mesma intensidade e fica estampado na cara a minha falta de simpatia. Quando eu estou feliz, é exageradamente, não consigo nem conter o sorriso que fica preso de orelha a orelha, mas se estou triste é com o mesmo exagero e aí eu choro como se o mundo fosse se desfazer. 

Eu sou tempestade, terremoto, furacão, então não me peça pra ser calmaria, garoa, sol de fim de tarde, porque eu não vou conseguir. Não aprendi a ser meio termo. Mais ou menos. Café com leite. Não consigo sentir nada em conta gotas, sabe? De pouquinho em pouquinho. Se eu sinto, é sempre muito, sempre grande. Não me pede pra engolir o que quer sair de mim, nem pra ignorar o que eu sou. Não me peça pra ser menos, porque eu só sei ser mais. Sou mais alma e coração do que corpo, e mesmo que muita gente não entenda isso, eu gosto de ser assim. 

É claro que viver transbordando o tempo todo tem o seu lado ruim. Às vezes a gente se machuca feio, quebramos a cara com tudo no chão, às vezes sangra um bocado dentro da gente e demora um tempão pra estancar. Às vezes a gente dá tudo o que tem e mais um pouco, porque não conseguimos fazer absolutamente nada pela metade, e não recebemos na mesma proporção. E aí parece que a dor dobra, se multiplica, aumenta. Mas sabe o lado bom disso? É que apesar de ser horrível no começo, quando passa, não sobra nada. Fica vazio, sem nenhuma marca, nenhuma cicatriz. Porque ser intenso é isso. 

Ser intenso é ter coragem de cair de cabeça mesmo sem ter certeza se lá embaixo vai ter alguém para nos apoiar. É ter pressa pra fazer dar certo e, vez ou outra, se dar conta de que o certo era o errado. É viver com frio na barriga, como se fosse sempre a primeira vez de tudo. É incendiar, pegar fogo, causar estragos. É não ter medo de gritar, de arriscar, de tentar. É não ter medo de viver. E fazer isso como se o mundo fosse acabar amanhã, afinal, hoje pode mesmo ser o nosso último dia, então que tenha muito drama, muita frescura, muita tentativa de chamar atenção. E que a gente chame! 

Eu quero ir embora com a certeza de que eu fiz tudo o que eu podia, de que eu tentei tudo, de que eu lutei por tudo e, principalmente, que aproveitei tudo. Mesmo que esse tudo, em alguns momentos, seja triste e solitário. Dizem que o meu problema é que sou intensa demais, exagerada demais, mas quer saber? Melhor ser assim, do que ser oca e sem graça. 

[Por]: Gabriela Freitas 
[Via]: ASTROBR

15 de jan. de 2018

[CRÔNICA]: O REI E O MENSAGEIRO

Um Rei mandava cortar a cabeça dos mensageiros que lhe davam más notícias. Desta forma, um processo de seleção se estabeleceu: os inábeis foram sendo progressivamente eliminados, até que restou apenas um mensageiro no país. Tratava-se, como é fácil de imaginar, de um homem que dominava espantosamente bem a arte de dar más notícias. Seu filho morreu  dizia a uma mãe, e a mulher punha-se a entoar cânticos de júbilo: Aleluia, Senhor! Sua casa incendiou,  dizia a um viúvo, que prorrompia em aplausos frenéticos. Ao Rei, o mensageiro anunciou sucessivas derrotas militares, epidemias de peste, catástrofes naturais, destruição de colheitas, miséria e fome; surpreso consigo mesmo, o Rei ouvia sorrindo tais novas. Tão satisfeito ficou com o mensageiro, que o nomeou seu porta-voz oficial. Nesta importante posição, o mensageiro não tardou a granjear a simpatia e o afeto do público. Paralelamente, crescia o ódio contra o monarca; uma rebelião popular acabou por destituí-lo, e o antigo mensageiro foi coroado ReiA primeira coisa que fez, ao assumir o governo, foi mandar executar todos os candidatos a mensageiro. A começar por aqueles que dominavam a arte de dar más notícias.


[Por]: Moacyr Scliar 
[Via]: As Melhores Crônicas do Brasil